quinta-feira, 22 de abril de 2010

NUTRIÇÃO E DOENÇAS AUTO_IMUNE

Nutrição nas doenças auto-imunesUma doença auto imune é caracterizada quando o sistema imunitário perde a capacidade de distinguir as proteínas do indivíduo de proteínas estranhas. Esta perda de tolerância resulta na agressão a tecidos próprios, podendo da mesma originar-se, dependendo dos tecidos afetados, doenças tão variadas como anemias, artrite reumatóide, doença celíaca, doença de Crohn, tireoidite de Hashimoto, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, lúpus, psoríase, vitiligo, entre muitas outras. Tanto quanto se sabe, existirão, pelo menos, 80 doenças auto-imunes!!!Aparentemente existem fatores genéticos subjacentes a estas condições, que fazem com que certos indivíduos apresentem maiores níveis de susceptibilidade, ou predisposição.Não obstante, para que auto-imunidade ocorra, não basta um indivíduo apresentar susceptibilidade genética, como o demonstra a baixa concordância na incidência de várias doenças auto-imunes entre gémeos monozigóticos. É, assim, necessária a presença de um gatilho iniciador.De entre os diversos fatores ambientais e nutricionais que podem servir de gatilho iniciador para o desenvolvimento de uma doença auto-imune contam-se, no que respeita ao ambiente: a exposição a fármacos e químicos, excesso de metais pesados, silicone em implantes mamários, tabaco, estrogénios (mulheres têm maior prevalência de doenças auto-imunes), estresse psicológico, microrganismos e vírus.E a respeito aos fatores nutricionais, sobre os quais temos, teoricamente, maior capacidade de intervenção, como à deficiência de vitamina D, a presença marcante em nossa dieta do glúten (proteina presente na cevada, centeio, aveia, e principalmente o trigo), algumas lectinas presentes nos cereais com glúten (em especial trigo), no milho e nas leguminosas (reduzidas pela cozimento), álcool e aumento da permeabilidade intestinal – cada vez mais presente na população em decorrência, também, de uma má alimentação e toxinas advindas da dieta.O tratamento da doença auto imune, paralela à medicação, deve incluir mudanças de hábitos alimentares, como eliminação ou diminuição de alimentos que contém glúten e outros alimentos, associados em estudos científicos, dito como gatilhos nas doenãs auto imunes, como a carne vermelha na artrite reumatóide, por exemplo.Sabe-se da importância do papel dos antioxidantes, dos ácidos graxos ómega-3 e da correção da hipermermeabilidade intestinal (com probióticos, prebióticos, glutamina, zinco, etc) nesse auxílio ao tratamento de doenças auto-imunes.Mesmo com evidencias ainda limitadas na literatura associando intervenções dietéticas nessas doenças, sabe-se que a correção de hábitos alimentares, individualizando sempre para cada caso, pode ser de grande valia para o tratamento e qualidade de vida desses pacientes.Consulte sempre seu nutricionista!

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